Eventos Passados

Visita guiada

Vale do Sado, Ilha dos Negros

Visita guiada e caminhada: Ilha dos Negros

Visita guiada de autocarro e caminhada pela reserva natural do sado em memória e tributo aos vários povos africanos que por lá passaram.
Esta região com uma ancestral presença de vários povos africanos (egípcios, fenícios, tropas romanas compostas por africanos, mouros e seus califados africanos provenientes de marrocos e região da senegambia, pessoas escravizadas da região da guiné e angola, migrantes de países que falam português). Esta zona do Sado e as suas aldeias são das áreas que conservam na genética, gastronomia, arquitetura e toponímia, a memória desse conhecimento científico e herança africana de vários estratos e condições sociais. Associados maioritariamente ao cultivo do arroz, recolha do sal e trabalho no desmatamento da floresta.
A visita é acompanhada pelos livros técnicos promovidos pela associação e realizados por vários escritores e historiadores como António Chainho, e Isabel Castro Henriques.

A caminhada como potenciador de saúde, em contacto com os 4 elementos da natureza, e por isso mesmo de forma espiritual como as primeiras migrações humanas "Out of Africa" também o foram, e como a região historicamente as celebrava.

Domingo, 19 de junho de 2022

14h30 - Saída no autocarro do Pavilhão Carlos Lopes, acima da estação de metro parque, na Avenida António Augusto Aguiar, Lisboa.
23h00 – Chegada a Lisboa, pavilhão Carlos Lopes

O programa final será enviado aos inscritos perto da data. O evento será filmado e fotografado pela associação, haverá também um grupo de watsapp para troca de fotos e informações durante o evento.

Exposição

Lisboa, HANGAR

Anunciação

Anunciação é a primeira exposição individual do duo Silêncio Coletivo, formado por Jaime Lauriano e Igor Vidor, em Lisboa.

Anunciação parte de uma imensa investigação sobre as ondas de protestos coordenados pelos Black Lives Matter, após o brutal assassinato de Gerge Floyd, na cidade estadunidense de Mineapolis, os protestos contra o genocídio de crianças indígenas no Canadá, e a queimada do monumento do bandeirantes Borba Gato em São Paulo, para questionar a tensa ocupação das cidades. No bojo destas, e de outras manifestações recentes que contestam a celebração da colonização na sociedade contemporânea, testemunhamos diversas estátuas serem derrubadas mundo afora. Estas estátuas que representavam colonizadores” e escravagistas foram derrubadas por uma multidão composta, em sua maioria, por pessoas negras. Este ato constitui uma simbologia muito forte, pois evidencia a urgência de discutirmos os monumentos e acervos constituídos durante o período da colonização. Ocupando todas as paredes do Hangar com imagens de monumentos de colonização recentemente derrubados, a exposição traz à tona a importância de repensar esses fatos.

Apoiada nas paredes, encontram-se imagens impressas em papelão de monumentos que homenageiam as invasões portuguesas ao chamado Novo Mundo”. A falta de volumetria sugere um esvaziamento de seu significado, e seu posicionamento anuncia a própria queda desses monumentos que insistem em ficar de pé, sustentando a auto estima colonial portuguesa.

Livro

Livraria “Ler Devagar”

Lançamento de livro: Afropeu | A diáspora negra na Europa, de Johny Pitts

Livraria “Ler Devagar”, Lisboa com a presença do autor e de Bruno Vieira Amaral
Redescobrir a Europa pelo olhar das comunidades afropeias. Afropeu – A diáspora negra na Europa, de Johny Pitts, é uma viagem pelos locais do Velho Continente onde os europeus de ascendência africana jogam com obediências múltiplas e constroem novas identidades. A obra vencedora do Prémio Europeu de Ensaio 2021, traduzida pelo escritor Bruno Vieira Amaral, chega a Portugal pela Temas e Debates a 2 de junho, e a sessão de lançamento, que conta com a presença do autor e de Bruno Vieira Amaral, acontecerá no dia 4 de junho, às 18h, na livraria Ler Devagar, em Lisboa.

Fascinante e arrebatador, Johny Pitts traz a visibilidade necessária a comunidades negras que continuam a ser silenciadas. De Afropeu – A diáspora negra na Europa resulta num mapa alternativo, que nos leva da lisboeta Cova da Moura, com a sua economia clandestina, a Rinkeby, zona de Estocolmo onde oitenta por cento da população é muçulmana. Johny Pitts visita também a Universidade Patrice Lumumba em Moscovo, onde os estudantes oeste-africanos continuam a aproveitar ao máximo as ligações com a URSS surgidas durante a Guerra Fria, e Clichy-sous-Bois em Paris, onde nasceram os motins de 2005. Seja qual for a geografia, são os afropeus os protagonistas da sua própria história. Com um efeito quase cinematográfico, é notável a maneira como Johny Pitts capta o espírito de cada lugar, fazendo com que a perceção que o leitor tem da Europa seja desafiada e reimaginada.
 

Sobre o autor: Johny Pitts, movido pela sua própria história, viajou por vários países europeus (França, Bélgica, Países Baixos, Alemanha, Suécia, Rússia e Portugal) em busca de comunidades negras que não tivessem a visibilidade merecida. Como resultado, Afropeu – A diáspora negra na Europa é um belíssimo estudo sobre a identidade negra na Europa. Venceu também os prémios Leipzig Book Award for European Understanding 2021,Jhalak Prize 2020 e Bread & Roses Award for Radical Publishing em 2020.

Exposição

Padrão dos Descobrimentos, Lisboa

Sombras do Império Belém - Pojetos, Hesitações e Inércia 1941-1972

Sombras do Império - Belém, Projetos, Hesitações e Inércia 1941-1972 pretende dar a conhecer a sucessão de planos urbanísticos e projetos de arquitetura cujo centro foi a Praça do Império. Menorizados ou até esquecidos pela historiografia, estes projetos revelam-se hoje particularmente significativos, pela escala e natureza das transformações que anteviam, pela orientação programática que preconizavam, pelo investimento de meios que implicariam, pela extensão do seu período de elaboração, em contraponto com o pouco que foi concretizado. 

A partir de documentação de natureza diversa (desenhos e memórias descritivas, pareceres, ofícios, legislação, fotografias, bibliografia da época) e de investigação académica recente, a exposição mostra um percurso cronológico centrado nos projetos para a Praça do Império e área envolvente e para os designados “Palácio do Ultramar” e “Museu do Ultramar”, considerando ainda outras propostas para grandes edifícios públicos a localizar na orla ribeirinha de Lisboa.

Estes projetos são a base para abordagens distintas e complementares, apresentadas por investigadores de diferentes formações disciplinares, que irão aprofundar a contextualização e ensaiar propostas de leitura crítica: Urbanismo, Arquitetura, Paisagismo, Arte Pública, Património, Propaganda e Ideologia coloniais.

Curadoria de Luiz Camillo Osorio, organizada pela Escola das Artes do Centro Regional do Porto, da Universidade Católica Portuguesa.

A exposição é organizada em sete núcleos e apresentada em dois tempos:

  • De 2 de maio a 16 de outubro 2022
  • De 29 de outubro de 2022 a 30 de janeiro de 2023
Simpósio


FaED, Mindelo

MEMÓRIAS E NARRATIVAS (PÓS)COLONIAIS

Depois do primeiro passo com o Maio Doc em dezembro, que trouxe visualidades e distintas abordagens ao tema do colonialismo, apresentamos dois dias de intervenções e debates, a decorrer em Cabo Verde, que desvelam mais leituras a partir do período colonial, os seus meandros e impactos. As intervenções para debate provêm de investigadores e artistas portugueses e cabo-verdianos, que trazem uma grande diversidade de perspectivas.

Coorganização Centro Cultural Português e BUALA 
João Branco e Marta Lança